Um aniversário memorável
26 Sep 2015 Leave a comment
in Folhas soltas Tags: Hergé, O Papagaio, Revista Tintin, Tintin
Em 26 de Setembro de 1947, um dos mais populares e afamados semanários juvenis que se publicavam na Europa do pós-guerra completou um ano de existência, dedicando a essa jubilosa efeméride um número especial com uma capa desenhada pelo seu principal colaborador (e também director) artístico: Georges Remi (Hergé).
Autor de um personagem que já era famoso nalguns países europeus, incluindo Portugal (onde começou a ser publicado n’O Papagaio, em 1936), Hergé consagrou-lhe nesse número mais duas páginas da grande aventura Le Temple du Soleil, ao mesmo tempo que o retratava num berço, em pose ainda de bebé, junto de Milou, rodeado pelos “padrinhos” Haddock e Tournesol, sob o olhar alegre do jovem índio Zorrino… enquanto dois “anjos”, encarnados pelos irmãos Dupondt, saudavam estrepitosamente, com o seu alarde habitual, o rebento cujo primeiro aniversário era promessa (que largamente se confirmaria) de um futuro auspicioso e recheado de extraordinárias aventuras.
Uma bela e icónica capa do Tintin que gostosamente recordamos, assinalando uma data a todos os títulos memorável da história da BD europeia.
Exposição “Viagem Desenhada” de Ricardo Cabral
25 Sep 2015 Leave a comment
in De tudo um pouco Tags: Amadora BD 2015, Casa da Cerca, Ricardo Cabral
A exposição “Viagem Desenhada”, de Ricardo Cabral, abre ao público neste sábado, 26 de Setembro, às 17h30, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea (Almada), marcando o início da programação satélite do Amadora BD 2015 – Festival Internacional de Banda Desenhada, que se realiza de 23 de Outubro a 8 de Novembro, no Fórum Luís de Camões (Amadora).
Ricardo Cabral — nome em destaque da edição de 2013 do Amadora BD — foi o autor escolhido no universo da ilustração e da banda desenhada para reflectir o tema que norteia, este ano, a programação da Casa da Cerca, “A Viagem”. Constituindo um percurso pela obra do autor, a exposição reúne diversos trabalhos, nomeadamente cadernos e esboços ligados aos seus livros que têm esta temática como ponto de partida.
No dia 31 de Outubro, com a presença do autor, realiza-se uma visita à exposição, que permanecerá na Casa da Cerca até 10 de Janeiro de 2016.
Ricardo Cabral
Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 2005, trabalha, desde então, como ilustrador freelancer. Faz parte do Colectivo Lisbon Studio e é autor dos livros de banda desenhada Evereste (Edições Asa, 2007), Israel Sketchbook (Edições Asa, 2009), Newborn – 10 dias no Kosovo (Edições Asa, 2010), Pontas Soltas – Cidades (Edições Asa, 2011), Comic-Transfer (Polvo, 2013) e Pontas Soltas – Lisboa (Edições Asa, 2014). Ilustrou também os livros infantis Portugal para Miúdos, de José Jorge Letria (Texto Editores, 2011), Expressões com História, de Alice Vieira (Texto Editores, 2012), Uma Baleia no Quarto, de João Miguel Tavares (A Esfera dos Livros, 2012) e Caras e Coroas – Reis e Rainhas de Portugal para Miúdos, de José Jorge Letria (Texto Editora, 2014).
Ramalho Ortigão na Biblioteca Nacional
25 Sep 2015 Leave a comment
in De tudo um pouco Tags: Biblioteca Nacional, Ramalho Ortigão
BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL | www.bnportugal.pt | BNP facebook | Campo Grande, 83, 1749-081 Lisboa
Horário: 2.ª – 6.ª 09h30 – 19h30 | sáb. 09h30 – 17h30
Cadernos D. Quixote – vol. 2
21 Sep 2015 Leave a comment
in Escaparate Tags: A Crise do Euro, Novos Cadernos D. Quixote, Público
Um tradutor para todo o serviço – 1
18 Sep 2015 Leave a comment
in De banca em banca Tags: Agência Portuguesa de Revistas, Carlos Alberto Santos, Colecção Arizona, Colecção Búfalo, Colecção Bravos do Oeste, Colecção Pólvora, Colecção Zane Grey, Raul Correia
Para o nosso arquivo de (saudosas) memórias, aqui ficam algumas capas de cinco peculiares colecções da Agên- cia Portuguesa de Revistas (APR), com aventuras de cowboys que fize- ram as delícias, durante largos anos, dos inúmeros apreciadores do género: Búfalo e Arizona, ambas estreadas em 1951, e Pólvora, Bravos do Oeste e Zane Grey, que nasceram quase uma década depois.
Pormenor curioso: todos estes livros tiveram tradução de Raul Correia — sim, do próprio director e fundador d’O Mosquito, em cujas páginas deixou, ao longo de 17 anos, um vasto repertório de contos, novelas, histórias aos quadradinhos e poemas de fino quilate (como já referimos várias vezes no blogue O Voo d’O Mosquito).
Aliás, Raul Correia (1904-1985) foi também um prolífero tradutor e colaborou activamente, nessa função, com a Verbo, a Europa-América, a Ulisseia, a Íbis, a Portugal Press, a Pórtico e outras editoras. Por isso, não admira que o seu nome apareça também na enxurrada de colecções populares de origem espanhola com que a APR inundou o mercado, durante várias décadas.
“Sangue Negro” (Sangre negro), Col. Arizona nº 67 (1962); “Numa Só Carta” (A una sola carta), Col. Pólvora nº 49 (1962); “O Pistoleiro e a Corda” (El pistolero y la soga), Col. Búfalo nº 120 (1964); “Os Dois Evadidos” (Doble fuga), Col. Pólvora nº 118 (1968): “Um Traidor no Rancho” (Dos brutos y medio), Col. Bravos do Oeste nº 41 (1968), são alguns dos exemplos que conseguimos encontrar, entre as muitas obras que Raul Correia traduziu, fosse qual fosse o seu género, com assinalável brio profissional.
É claro que os nomes ingleses que ornamentam as capas destes livros — como O. C. Tavin, Lou Carrigan, Al Mc. Lee, Kent Wilson e Richard Jackson — são todos fictícios. Trata-se de meros pseudónimos criados por autores espanhóis de fértil imaginação e mediana craveira literária.
“Três Cavaleiros da Planície” (Raiders of Spanish Peaks), obra traduzido do original inglês, figura num dos géneros considerado mais prestigioso dentro da literatura western, dado o renome e o talento do seu autor, e foi publicada em 1961 no 21º volume da Colecção Zane Grey, com capa de Carlos Alberto Santos — projecto que pertencia a uma linha editorial mais ambiciosa, destinada a marcar a diferença com as edições espanholas em formato de bolso, numa época em que a APR queria ir mais longe, demarcando-se desse tipo de formato popular para conquistar novos públicos.